Cultivar_2_O solo

7 Editorial Eduardo Diniz Diretor-Geral do GPP A publicação CULTIVAR com este seu segundo número prossegue o objetivo de criar um espaço de de- bate e de análise sobre a evolução das políticas públicas para a agricultura, desenvolvimento rural, alimen- tação emar.Os conteúdos são vastos e estimulantes nestas áreas de conhecimento caracterizando-se pelo seu carácter multidisciplinar. Dentro deste enquadramento selecionámos como tema principal OSOLO . As políticas públicas são de importância determinante para a promoção de um uso sustentável deste recurso não renovável, Graziano da Silva, DG da FAO, caracteriza-o como um “aliado silencioso” para o fornecimento de alimentos a uma população mundial em crescimento. São várias as áreas de atuação dessas políticas, destacando-se, o incentivo ao estudo e à modernização tecnológica para a função pro- dutiva, ambiental e de sequestrador de carbono, a disseminação das tecnologias da gestão deste recur- so com as melhores práticas agronómicas, a promoção de estruturas fundiárias eficientes e a existência de um quadro legal claro no que se refere ao acesso e posse da terra. Sobre o solo existem várias definições e abordagens conceptuais, quer no que se refere à ciência do solo, a pedologia, quanto à sua constituição físico-química, quer no que se refere a uma abordagem mais alargada e funcional enquanto recurso natural, quer mesmo no campo socioeconómico ao nível do direito e gestão do seu uso. Os vários artigos da secção “GrandesTendências” definemo que é o solo, classificam-no como recur- so natural e económico, chamam a atenção para o seu carácter finito e insubstituível e, portanto, consi- deram que todos nos devemos preocupar com a sua preservação. Podemos adotar como definição abrangente aquela que é descrita na “ Estratégia temática de prote- ção do solo ” da Comunicação da Comissão ao Conselho, ao Parlamento Europeu, ao Comité Económico e Social Europeu e ao Comité das Regiões de 2006: “ O solo é geralmente definido como a camada superior da crosta terrestre, formada por partículas mine- rais, matéria orgânica, água, ar e organismos vivos. O solo constitui a interface entre a terra, o ar e a água e aloja a maior parte da biosfera. O seu processo de formação extremamente lento faz com que o solo seja considerado um recurso essencialmente não renovável. O solo fornece-nos alimentos, biomassa e matérias-primas. Serve de

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