Cultivar_2_O solo

41 Terra e Território na Galiza: o movimento que esconde a imobilidade Francisco Onega López Laboratório doTerritório – Universidade de Santiago de Compostela A Galiza é considerada uma região agrícola no imaginário coletivo. Em parte, tal visão chega a ter fundamento em determinadas variáveis económicas e demográficas. Assim, o peso de sector agrícola no conjunto da economia é, comparativamente, maior do que é no conjunto do Estado Espanhol (4,5% do VAB 1 e 2,8% do VAB 2 respetivamente) e também no âmbito da UE (1,4% do VAB para UE-15 e 1,6% do VAB para UE-28) 3 . Da mesma forma, a percentagem de população ativa na agricultura é de 6,6% 4 , 2,4 pontos mais que no Estado Espanhol e 4 pontos mais que na UE-15 5 . Porém, de um ponto de vista territorial a interpretação muda consideravelmente e, sobretudo, se se tiverem em conta as dinâmicas das últimas décadas e não apenas uma imagem fixa. Apenas 27% do território galego é superfície agrícola útil (SAU) e, além disso, está principalmente dedicada à alimentação do gado (Gráfico 1). Assim, mais da metade da SAU são pastagens (55%) e a grande maioria das terras de cultivo tem uma orientação forrageira (40% da SAU) 6 . Evidentemente isto reflete a forte especialização pecuária do sector agrícola galego, que poderíamos quase chamar sector pecuário. 1 IGE (2014) Contabilidade trimestral 2 INE (2014) Contabilidade Nacional de España 3 Eurostat (2014) Nacional accounts 4 IGE (2014) Enquisa de poboación activa 5 Eurostat (2015) LFS series - Detailed annual survey results 6 Consellería de Medio Rural e Mar (2011) Anuário de Estatística Agraria

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