Cultivar_2_O solo
127 Pretende inverter da tendência de diminui- ção das áreas de pinheiro-bravo , a manutenção da área de eucalipto e o aumento da área de so- breiro e azinheira , bem como das áreas ocupadas por outras espécies, incluindo carvalhos diversos, outras resinosas, pinheiro manso , castanheiro e outras folhosas que integram sistemas produtivos de madeiras nobres e de frutos. A distinção entre os valores máximos e míni- mos decorre de um maior ou menor grau de con- cretização das linhas de atuação estabelecidas, onde a proposta de metas assenta numa pers- petiva de evolução da floresta baseada nos se- guintes pressupostos : • Diminuição gradual da taxa anual de área ardida entre 2010 e 2030, até atingir em 2030, no cenário mais otimista, a meta de 0,8% ao ano para o pinheiro -bravo e euca- lipto e valores, emmédia, inferiores para as restantes espécies; • Aumento substancial da percentagem de floresta regenerada após incêndio, consi- derando no cenário menos otimista que a regeneração após incêndio é maior ou igual a 80%, sendo de 100% no mais otimista; • Aposta na florestação de superfícies agríco- las marginais e de matos, com a arboriza- ção de cerca de 12 mil por ano no cenário mais pessimista e de cerca de 22 mil hecta- res no mais otimista; • A reconversão de povoamentos de euca- lipto instalados em condições ecológicas desajustadas para a espécie, substituindo -os por espécies mais adaptadas às condi- ções edafoclimáticas locais. As áreas a re- converter situam-se entre os 25 e os 45 mil hectares, no cenário mínimo e no máximo, respetivamente; • Redução da desflorestação por outras cau- sas que não os incêndios, decorrentes da mortalidade ou da reconversão para outros usos, aspeto particularmente importante no caso do sobreiro e da azinheira, propon- do-se que a desflorestação passe para valo- res compreendidos entre os 0,1 e os 0,2% ao ano, para o cenário máximo e mínimo, respetivamente. Assegurando a linha de continuidade e estabi- lidade necessárias às políticas florestais, a ENF re- vista apresenta várias melhorias relativamente à ENF de 2006, salientando-se (entre outros) os se- guintes aspetos: • Estabelecimento de prioridades para as ações atualmente consideradas mais urgen- Áreas florestais por espécie para os cenários “mínimo” e “máximo” no Continente (unidades: 1000 ha) Espécie 2010 % do total 2030 (min) % do total Variação 2010- 2030 2030 (max) % do total Variação 2010- 2030 Pinheiro-bravo 714 23% 727 22% 2% 789 22% 10% Pinheiro-manso 176 6% 202 6% 15% 233 7% 33% Outras resinosas 73 2% 80 2% 9% 114 3% 56% Sobreiro 737 23% 748 23% 1% 835 24% 13% Azinheira 331 11% 331 10% 0% 346 10% 4% Carvalhos 67 2% 74 2% 10% 94 3% 40% Castanheiro 41 1% 48 1% 16% 58 2% 40% Eucaliptos 812 26% 812 25% 0% 812 23% 0% Outras folhosas 195 6% 217 7% 11% 238 7% 22% Total 3´147 100% 3´239 100% 3% 3´519 100% 12% Fonte: ENF 2015 – RCM n.º 6-B/2015, de 4 de fevereiro
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