Cultivar_3_Alimentação sustentável e saudávell

cadernos de análise e prospetiva CULTIVAR N.º 3 março 2016 72 Por último, haverá que refletir que se escasseassem motivos para os agricultores livremente se associa- rem em OP, a realidade, não só de mercado, mas também de políticas ao nível da UE, hoje confere as estas formas de organização um estatuto de ator privilegiado. Mais do que o acesso de novos produ- Contributo para VPC Grau de concentração oferta em OP 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% Hortofrutícolas Arroz Milho Carne ovino/caprino Cereais, oleag. e prot. Azeite Leite Vinho Flores Mel Batata Carne suíno Carne bov. Figura 2 – Grau de organização das OP reconhecidas e contributo para o VPC das OP em Portugal (2014) tores ao mercado e o acesso a determinadas majo- rações no âmbito dos instrumentos de política do desenvolvimento rural mais comuns como as medi- das de carácter agroambiental ou o apoio ao inves- timento, a verdade é que o aceso à inovação, a sis- temas de seguros, a fundos mutualistas e até na gestão de crises agrícolas, as OP podem ser hoje um polo agregador e dinamizador da economia à escala local, regional e também nacional. A atual realidade no mercado interno europeu e no mercado mundial conduz a uma crescente importância das estruturas intermédias, como as OP, enquanto garante de sustentabilidade de pro- dução e de abastecimento a mercados mais ou menos distantes, simultaneamente com capaci- dade de adaptação às tendências de consumo, e nesse contexto, parceiro indispensável na inova- ção, desenvolvimento. Fonte: INE-CEA 2015 para valores do total da produção agrícola nacional. Dados GPP para as OP 170 160 150 140 130 120 110 100 12% 10% 8% 6% 4% 2% 0% 2011 2012 2013 2014  total nacional     total em OP     Grau de organização (%) 7.43% 8.60% 8.64% 11.32% Figura 3 – Concentração da oferta e índice de crescimento das OP vs produção nacional (base 2011 = 100)

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