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Editorial

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Em seguida, Mário Silva e Anabela Trindade, do

ICNF, efetuam um levantamento sobre o estado da

biodiversidade e da conservação da natureza em

Portugal (Áreas Classificadas, Rede Natura, etc.), no

contexto mais vasto da União Europeia. Começam

por referir os instrumentos existentes para a promo-

ção e avaliação da biodiversidade e da conservação

para, depois, partindo nomeadamente dos Rela-

tórios Nacionais de Aplicação das Diretivas Habi-

tats e Aves, apresentarem as conclusões obtidas

em termos de espécies e habitats, referindo ainda

as pressões e ameaças que enfrentam. Concluem,

chamando a atenção para o elevado “

nível de diver-

sidade de paisagens, biodiversidade (espécies, habi-

tats, ecossistemas) e património geológico

” existente

em Portugal, relativamente a outros países da UE,

e para a necessidade de prosseguir o trabalho de

preservação e promoção dessa diversidade, já que

se trata, cada vez mais, de “

um fator de desenvolvi-

mento económico, de competitividade, de qualidade

de vida das populações e das comunidades e de sal-

vaguarda dos problemas globais e dos riscos natu-

rais

”, sendo pois “

um fator essencial na prossecu-

ção das metas do crescimento económico inclusivo,

sustentável e inteligente, preconizadas na Estratégia

Europa 2020

(…) [e]

na Agenda 2030 das Nações Uni-

das

”.

Ana Maria Barata e a sua equipa (Carlos Gaspar, Filo-

mena Rocha e Violeta Lopes) do Banco Português de

Germoplasma Vegetal (INIAV) fazem um balanço do

trabalho efetuado por esta instituição ao longo de

40 anos em prol da conservação dos recursos gené-

ticos vegetais, chamando a atenção para a impor-

tância deste trabalho, que ultrapassa em muito os

interesses nacionais, já que a colheita, caracteriza-

ção, avaliação e documentação destes recursos é

um processo decisivo para a conservação da diver-

sidade genética, a segurança alimentar e o desen-

volvimento sustentável da agricultura. Depois de

apresentarem o acervo do BPGV (“44 752 acessos,

de 255 espécies e 143 géneros de plantas cultiva-

das, silvestres e de parentes silvestres das plantas

cultivadas, conservados

sob a forma de semente e de

propagação vegetativa, resultantes de 128 missões

de colheita de germoplasma nacionais e internacio-

nais

”), referem as ações desenvolvidas mais recen-

temente, nomeadamente, um programa de “conser-

vação no campo do agricultor”.

A secção

Observatório

encerra com um artigo onde

o GPP apresenta uma síntese sobre os instrumentos

de programação do Programa de Desenvolvimento

Rural 2020 em matéria de clima, ambiente e biodi-

versidade.

Por fim, a secção

Assuntos Bilaterais e Multilaterais

contém, como habitualmente, fichas de leitura para

diversos documentos publicados recentemente

neste domínio: começamos com a síntese efetuada

pelo ICNF sobre a qualidade legislativa na UE rela-

tiva à conservação da natureza, analisando especifi-

camente o Balanço de Qualidade das Diretivas Aves

e Habitats e o Plano de Ação da UE para a Natureza,

a População e a Economia; em seguida, é analisado

o recente Relatório Especial do Tribunal de Contas

Europeu (TCE) sobre a Rede Natura; apresentam-se

depois duas sínteses de estudos da OCDE, um sobre

as perspetivas económicas das perdas de biodiver-

sidade e outro relativo aos pagamentos aos agricul-

tores para a sua conservação; por último, mas não

menos relevante, surge a apresentação de um rela-

tório a publicar em breve, também pela OCDE, sobre

a gestão de áreas marinhas protegidas.

Slide: Águia

Autor, s.n., s.d.,

Coleção do acervo do Ministério da Agricultura,

Florestas e Desenvolvimento Rural