Cultivar_6_Comercio Internacioanl

cadernos de análise e prospetiva CULTIVAR N.º 6 NOVEMBRO 2016 8 países exportadores e as estratégias de aquisição de terras vs. venda de bens ao exterior. Rachel Bickford adida agrícola dos EUA para a Penín- sula Ibérica, aponta para a importância da relação entre comércio agroalimentar e segurança alimen- tar no quadro das trocas globais. Destaca o papel da Estratégia Global de Segurança Alimentar da Admi- nistração Obama que reflete um trabalho concer- tado entre serviços e agências federais, parceiros privados, academia e sociedade civil com o obje- tivo de investir na segurança e nutrição no quadro de um equilíbrio internacional. Clara Moura Guedes, administradora de uma em- presa na área da pecuária com uma forte aposta na internacionalização permite-nos, através de “um caso de estudo” ter uma visão das estratégias de investimento e gestão de uma empresa nacio- nal, de um setor produtivo tradicional, na conquista de novos mercados. A preparação da estrutura da empresa, a inventariação dos fatores condicionan- tes para a aposta na internacionalização, os desa- fios operacionais e a capacidade de controlo e con- tinuidade, são descritos através de um caso real de uma empresa que encontra no comércio internacio- nal uma forma de crescer o seu volume de negócios. Na secção Observatório incluímos uma análise deta- lhada, do GPP, sobre os desenvolvimentos da polí- tica comercial da União Europeia em que são des- critos os processos negociais em curso quer no que se refere aos blocos geográficos, matérias e calen- dários em presença. Considerámos útil incluir nesta edição as conclu- sões do seminário promovido pelo Observatório dos Mercados Agrícolas e Importações Agroalimen- tares, realizado em 26 de setembro deste ano, em que foram debatidos por representantes da admi- nistração, do setor associativo agrícola e de orga- nizações da sociedade civil, os acordos comerciais da UE com o Canadá e com os EUA em que ressalta a reserva destas entidades representativas no apro- fundamento do movimento de globalização. Nesta secção Observatório, encontram-se análises sobre os acordos comerciais e a internacionalização na ótica de dois setores relevantes nas exportações agroalimentares nacionais. O caso do vinho, em par- ticular o vinho do Porto e o caso do setor da fruticul- tura. No primeiro caso, através de um texto do IVDP, são abordadas as dinâmicas do comércio do vinho do Porto, e também as dificuldades ou desafios da proteção das denominações de origem protegida (Porto e Douro) no quadro dos acordos de comér- cio bilaterais. No caso do setor das frutas, a Portu- galFresh apresenta uma descrição da estratégia de expansão que este setor tem vindo a verificar apon- tando os fatores decisivos como é o caso da concen- tração da oferta, definição de mercados estratégi- cos, acompanhamento das tendências de mercado e o investimento em promoção e formação. A par dos assuntos das negociações do comércio internacional, incluímos tambémneste número uma análise, da EMEPC, sobre um importante dossier negocial na área do mar, a extensão da plataforma continental portuguesa. As vastas oportunidades associadas a esta possibilidade de prolongamento natural do território emerso vêm descritas neste texto, que relevam desde já um importante reforço do trabalho e conhecimento científico do mar pro- fundo e dos seus recursos. Neste número, procedeu-se à atualização com base nos dados de 2015, das estatísticas do comér- cio internacional (que tinham sido publicadas no número 3 da Cultivar). Na última secção apresentamos fichas de leitura sobre a Agenda de Desenvolvimento Sustentá- vel 2030 – a alimentação e a agricultura; sobre as estatísticas comerciais da Organização Mundial do Comércio para 2016; sobre a Declaração Ministerial no âmbito da OCDE para as melhores políticas para um sistema alimentar mundial, produtivo, durável e resiliente; sobre a revisão intercalar do QFP 2014- 2020; e sobre o acompanhamento e avaliação de políticas agrícolas em 2016.

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