Cultivar_5_Economia da agua

CADERNOS DE ANÁLISE E PROSPETIVA CULTIVAR N.º 5 SETEMBRO 2016 48 condições climatéricas que se verifica de ano para ano neste tipo de climas e dando sustentabilidade económica ao desenvolvimento de certos territó- rios que, sem este tipo de recurso, passariam pro- vavelmente por processos de abandono da ativi- dade agrícola. O predomínio da superfície irrigável 1 na SAU verifi- ca-se sobretudo no litoral, em particular no Centro e Norte do país. Esse é certamente um dos motivos por que a pro- dutividade da terra é superior nesses territórios. De facto, de acordo com dados da RICA 2 , a produtivi- dade da terra em explorações de regadio é superior 1 Segundo o INE, entende-se por superfície irrigável a “superfície máxima da exploração que no decurso do ano agrícola, poderia, se necessário, ser irrigada por meio de instalações técnicas próprias da exploração e por uma quantidade de água normalmente disponível”. 2 Ver caixa técnica no final desta nota. à das explorações de sequeiro para todas as classes de dimensão das explorações, sendo 50% superior nas explorações mais pequenas e sendo três vezes superior nas explorações de maior dimensão. O indicador VABpm/ha, por classe de dimensão física, foi representados sob a forma gráfica, a par- tir da qual foi traçada uma linhas de tendência, de forma a permitir uma comparabilidade visual e analítica. Como se pode verificar as explorações de regadio apresentam resultados mais favoráveis do que as de sequeiro. A proporção entre estas linhas de tendência, ou seja entre a produtividade das explorações de regadio e de sequeiro pode ser olhada através da proporcio- nalidade entre as duas funções que definem as refe- ridas curvas. Assim, obtém-se uma nova curva que representará a proporcionalidade entre as produti- vidades em função da superfície das explorações. Figura 2 – Produtividade da Terra (VABpm/ha)

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