Cultivar_5_Economia da agua

47 Nota de Abertura Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral (GPP) Em condições naturais, a água é fornecida à planta pela chuva. Num país como Portugal, com as parti- cularidades climatéricas que o caracterizam e onde se distinguem claramente duas estações (uma esta- ção seca, com precipitação quase nula, coincidindo com as temperaturas mais elevadas, e uma estação chuvosa em que ocorre a maior parte da precipita- ção, coincidindo com as temperaturas mais baixas), grande parte do território está sujeito a condições de escassez de água durante períodos cruciais para o desenvolvimento das plantas. Nestas condições, determinados tipos de sistemas de produção agrícola não são viáveis sem o recurso a sistemas de irrigação que realizem artificialmente a distribuição da água ao longo do tempo. Ou seja, sistemas que transportem a água que cai em abun- dância nos meses de inverno e que é retida em bar- ragens, represas ou mesmo aquíferos subterrâneos, e distribuam a sua disponibilidade ao longo do ano, nomeadamente, durante os períodos com tempera- turas mais favoráveis ao crescimento e desenvolvi- mento das plantas. Os sistemas de irrigação e a agricultura irrigada no território nacional desempenham historicamente, e na atualidade, uma função essencial de suporte a determinados sistemas agrícolas, tornando-os muito menos dependentes da variabilidade das Figura 1 – Importância da superfície irrigável/regada na Superfície agrícola Peso da Superfície Irrigada na SAU (RA 2009) – Freguesias 2012

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