Cultivar_5_Economia da agua

A gestão de uma exploração agrícola de regadio 43 nos temos de bater, para otimizar todos os anos, tanto em termos monetários como na sua compo- nente ambiental. O nosso objetivo é: a redução de emissões por unidade produzida. Isso leva à neces- sidade de redução em termos financeiros de todos os custos de produção e também de forma voluntá- ria à redução de CO2 e de óxido nitroso. Estamos muito envolvidos numa agricultura inten- siva e sustentável. Consideramos ser um fator dife- renciador na economia das explorações do futuro, apesar do mercado ainda não remunerar grande parte destes esforços ambientais dos agricultores. O maior fator de emissões na nossa exploração é a rega, devido à energia utilizada, seguida dos fer- tilizantes, seguida da meca- nização. Para resolver este problema estrutural do sul da Europa, iniciámos um investimento que nos per- mite hoje, a total autossu- ficiência em energia elé- trica. Agora todas as nossas emissões do ciclo produtivo do milho são compensadas pela energia que produzi- mos com recurso a parques fotovoltaicos, e entregamos à rede eléctrica. Conseguido este objetivo, somos hoje competiti- vos com os nossos parceiros que produzem milho de sequeiro, tanto no Brasil e Argentina como nos Estados Unidos e nos países do mar negro. Estamos hoje com o regadio, melhor preparados para enfren- tar as alterações climáticas. Os países que produ- zem cereal de sequeiro vão ter muitas dificuldades nessa adaptação. Conseguindo armazenar a água no Inverno, temos à nossa disposição um sistema de rega muito eficaz, livre de emissões e com uma prontidão que o sequeiro nunca poderá atingir. Nos nossos dias chegámos à conclusão que tínha- mos atingido um patamar difícil de progredir em termos de produtividade (estamos a produzir em média 16,5 Ton/ha utilizando cerca de 7000m 3 ). Estes valores estabilizaram nos últimos 10 anos, o que nos leva a querer que já só podemos reduzir inputs por tonelada produzida. Mas como nunca podemos desistir de melhorar e optimizar o processo produtivo, iniciámos um pro- grama de adaptação à chamada agricultura de pre- cisão. Temos hoje o objectivo de nos próximos 5 anos, produzir mais uma tonelada de milho por hec- tare commenos emissões, e ao mesmo tempo redu- zir 200 € por hectare, o custo produção. Contratamos hoje consultores de rega para nos aconselharem nas prescrições das regas ao longo da cultura. Utilizamos ima- gens de satélite, de avião e drone como base de acom- panhamento instantâneo do comportamento da cultura ao longo do ciclo. Estamos a montar uma base de dados plurianuais que nos ajude a comparar diferentes anos. Pretendemos assim respon- der à variabilidade dentro de cada parcela. Começar a aplicar prescrições de fertilizantes e densidades de sementeira de forma variável conforme a aptidão e potencial das diferentes zonas dentro da mesma parcela. Iniciámos o levantamento da electro condutividade do solo e estamos a estudar a sua relação com a produtividade. Também em 2015, adaptámos os nossos tratores à telecondução para uma melhor eficácia em todo o processo de mobilização, apli- cação dos agro-químicos e colheita do milho. Uti- lizamos todo o potencial dos mapas de produção (mapas de rendimento georreferenciado) das nos- sas searas como fonte de observação e análise para a resolução dos problemas estruturais e a falta de homogeneidade das nossas parcelas. Nunca podemos desistir de melhorar e otimizar o processo produtivo. Iniciámos um programa de adaptação à chamada agricultura de precisão. Temos hoje o objetivo de nos próximos 5 anos, produzir mais uma tonelada de milho por hectare com menos emissões, e ao mesmo tempo reduzir o custo produção.

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