Cultivar_4_Tecnologia

“Bioeconomia – uma estratégia europeia para promover o desenvolvimento sustentável e o crescimento 15 flexíveis e eficientes para a nossa economia ainda baseada nos combustíveis fósseis. O Programa vai testar, demonstrar e transferir soluções eficazes para os principais desafios que afetam a bioecono- mia na terra e no mar, ao longo de toda a cadeia agroalimentar. Acresce ainda que nos primeiros quatro anos do Horizonte 2020, a Comissão investiu mais de 200 milhões de euros em apoio à pesca (redução das devoluções, promoção da regionalização, de novos conhecimentos sobre a biologia dos peixes e da ino- vação tecnológica), à aquicultura (gestão de doen- ças dos peixes e moluscos, redução do impacto da aquicultura sobre o ambiente marinho, promoção da eco inovação), ao mercado do pescado, à pro- moção da segurança e da saúde, às estratégias para as bacias marítimas e ao envolvimento com os cida- dãos. Através do Horizonte 2020, e como parte integrante da “estratégia de crescimento azul” europeia, a investi- gação marinha e marítima conseguiu ultrapassar com- plexos desafios intersecto- riais que não poderiam ser resolvidos por um único Estado-Membro ou um único setor da economia. Por exemplo, a utilização sustentável de recursos marinhos vivos renováveis é uma das áreas em que a Europa tem uma van- tagem a nível mundial, particularmente relevante no caso de Portugal, cuja zona marítima exclusiva é 18,7 vezes o tamanho do seu território nacional. No que diz respeito à inovação, ao longo dos pró- ximos dois anos, haverá fundos disponíveis para- projetos inovadores em matéria de bio refinarias de algas de grande escala, tecnologia marinha e plata- formas offshore integradas. Globalmente, a tendência vai no sentido de passar da fase de libertar o potencial dos mares e ocea- nos (Programa de Trabalho 2014-2015) para a fase de trazer as tecnologias para o mercado de trabalho em setores de alto valor acrescentado, reforçando simultaneamente as estratégias para as bacias marítimas (nomeadamente, no Atlântico, no Ártico e no Mediterrâneo) e valorizando o potencial que os oceanos têm para a sociedade (Programa de Traba- lho 2016-2017). Acresce ainda o papel desenvolvido pelas parcerias público-privadas (PPP) como a Iniciativa Tecnoló- gica Conjunta sobre Bioindústrias (BBI JU) (BBI JU – Bio-based Industries Joint Undertaking ) que conta com um orçamento de 3,7 mil milhões de euros entre a UE e um consórcio das indústrias de base biológica. A Comissão Euro- peia contribui com cerca de 1 mil milhões de euros atra- vés do Horizonte 2020, con- seguindo uma contribui- ção industrial de 2,7 mil milhões de euros. Esta par- ceria irá reduzir significa- tivamente a dependência da Europa dos produtos fósseis, ajudando-a a atin- gir os objetivos em matéria de alterações climáticas e a promover o crescimento e o emprego em zonas rurais e costeiras. Um bom exemplo é o FIRST2RUN, um dos primeiros projetos emble- máticos financiados pela BBI JU – uma dotação de 17 milhões de euros para a concretização de uma biorefinaria integrada na Sardenha, em Itália. O pro- jeto gerará novas fontes de rendimento para os agri- cultores locais, através da valorização de 3 500 ha de terras marginais não exploradas. Trata-se, assim, de um exemplo perfeito de uma transição para uma economia pós-petróleo que contribui para o desen- volvimento rural. Através do Horizonte 2020, e como parte integrante da “estratégia de crescimento azul” europeia, a investigação marinha e marítima conseguiu ultrapassar complexos desafios intersectoriais que não poderiam ser resolvidos por um único Estado-Membro ou um único setor da economia. … a utilização sustentável de recursos marinhos vivos renováveis é uma das áreas em que a Europa tem uma vantagem a nível mundial, particularmente relevante no caso de Portugal …

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