CULTIVAR 1 - Volatilidade dos Mercados Agrícolas

14 Gráfico 1 – Índice preço real anual de commodity 150.0 200.0 250.0 300.0 (2005 = 100) 0.0 50.0 100.0 Agriculture Fertilizers Energy Metals & minerals Fonte: Banco Mundial a redução dos preços. A cotação mais elevada do dólar colocou maior pressão ainda sobre os pre- ços das matérias-primas em dólares, contribuindo para acentuar as preocupações dos produtores e aliviar os consumidores. Mais recentemente, si- nais de uma modesta aceleração económica no mundo desenvolvido estão de novo a obrigar as entidades que analisam as perspetivas de merca- do a reavaliarem as suas posições. No entanto, um dos poucos focos de estabili- dade promissores numa economia mundial muito volátil é exatamente o comércio agrícola, onde se têm verificado constantes aumentos nos últimos anos. E dado que as perspetivas da agricultura da União Europeia (UE) dependem fortemente das perspetivas do mercado mundial, será útil como contexto uma visão de conjunto da estrutura de comércio existente. O Gráfico 2 mostra a atual posição média em termos de comércio agrícola para 2011-13 dos qua- tro principais parceiros mundiais, em dólares. Os EUA e a UE estão mais ou menos ao mesmo nível no que se refere às exportações (cerca de 150 mil milhões de dólares por ano), mas os EUA têm uma balança comercial alimentar mais equilibrada, já que as suas importações ascendem a 105 mil mi- lhões de dólares contra 134 mil milhões de dólares para a UE. É interessante salientar que, enquanto as exportações e as importações norte-americanas estão a aumentar a um ritmo semelhante desde 2000, na UE as exportações cresceram mais rapi- damente do que as importações. A UE transfor- mou-se assim num exportador líquido de produtos agroalimentares, que se destaca claramente em termos da diversidade dos seus fluxos comerciais em ambos os sentidos, mesmo apesar de uma taxa de câmbio muito desfavorável, até recentemente. A presença da China nos mercados agrícolas mundiais tem-se feito sentir cada vez mais, com as importações a excederem agora os 100 mil mi- lhões de dólares, enquanto as exportações estão ainda apenas a metade desse nível. O Brasil, por outro lado, tem um excedente comercial claro, com as exportações a representarem quase oito vezes o volume das importações.

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