Cultivar_6_Comercio Internacioanl

29 Que modelo de comércio internacional para a agricultura e alimentação? Ou como encontrar o Oceano Azul nos sectores mais tradicionais da economia CLARA MOURA GUEDES Administradora A produção agrícola e agroalimentar em Portu- gal, tradicionalmente deficitária face as necessida- des de consumo da população nacional e, até não há muito tempo, bastante negligenciada, sofreu, na ultima década, por força das circunstancias de maiores restrições económicas, quebra de consumo nacional e pressão sobre as importações, um inusi- tado foco por parte das entidades governamentais por um lado e também um interesse reforçado dos operadores privados. Pese embora este “acender de holofotes”, nem sempre a produção e comercializa- ção se orientaram no sen- tido das necessidades dos mercados interno e externos e dos consumidores que determinam a aceitação ou não de produtos. No entanto foi visível o enorme esforço realizado por todas as partes, no sentido de tornar a pro- dução agrícola e agroindustrial mais competitivas nos mercados globais, como aspeto fundamental, o enorme esforço e estratégia concertada de opera- dores e sector publico na facilitação internacional, na abertura de mercados e viabilização de negócios que antes estariam fora dos sonhos mais delirantes de um qualquer produtor nacional destes sectores. Esta dinâmica, absolutamente fundamental para o sucesso dos operadores e do país, deve ser prosse- guida de forma consistente e concertada para que os esforços deem resultados práticos. Assim, sendo fundamental e determinante conhecer os merca- dos, avaliar o verdadeiro potencial que represen- tam, orientar estratégia e investimentos para as necessidades dos clientes, é, não menos impor- tante, assegurar as condi- ções legais de cooperação internacional, a facilitação entre governos, legisladores e autoridades técnicas para que os negócios possam ser concretizados, nos domínios em que são relevantes para os operado- res e não noutros. O alcançar de um nível de competitividade inter- nacional em mercados exigentes obriga as empre- sas a aumentarem o seu grau de profissionalismo e rigor. Não é compatível com amadorismos, formas menos lineares de contornar situações ou desco- nhecimento das realidades locais. … é, não menos importante, assegurar as condições legais de cooperação internacional …

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