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cadernos de análise e prospetiva CULTIVAR N.º 4 JUNHO 2016 56 produtividades agrícolas 2 , com base no qual se pro- cedeu à análise da variação 1999-2009 do potencial produtivo agrícola e das produtividades dos seto- res animal (herbívoros) e vegetal do Continente, 2 F. Cordovil (2015), Um Modelo de Análise da Evolução da Produção e das Produtividades Agrícolas . INIAV I.P., Oeiras (inédito). organizando a informação em cento e quarenta e quatro unidades de análise ( módulos produtivos ) resultantes da combinação da dimensão territorial (oito Macro Territórios) com as atividades produti- vas 3 (dezoito atividades, quatro do setor animal e catorze do setor vegetal). Na tabela A apresentam-se as atividades produti- vas, a respetiva classificação em treze grupos, para efeitos do diagnóstico de síntese e, ainda, a reparti- ção de módulos produtivos por atividades. A delimitação dos oito Macro Territórios (cf. figura 1) corresponde a um ajustamento da sistematiza- ção proposta num estudo anterior 4 e visa conciliar o critério de economia e clareza da apresentação dos resultados com a perceção das principais dife- renças dos territórios do Continente português em termos de potencial produtivo agrícola e da respe- tiva evolução nas últimas décadas 5 . 1. Potencial produtivo e produtividades agrícolas 1999-2009 – síntese inicial Em 1999, o potencial produtivo do setor vegetal duplicava o do setor animal, representando dois terços do total. A desproporção dos setores vegetal e animal reflete-se na repercussão da variação do potencial de cada um deles no potencial agrícola do Continente. Embora as reduções em 1999-2009 do potencial produtivo dos setores vegetal e animal 3 Cf. a fundamentação da seleção das atividades e das esti- mativas do VPP em F. Cordovil, 2016. 4 J. Cabral Rolo e F. Cordovil (2014), Rural, Agriculturas e Políticas . Ed. Animar, Lisboa. 5 A identificação de duas evoluções contrastadas dos terri- tórios do Alentejo, na década de 2000, justifica a sua par- tição por dois Macro Territórios: o da Beira Baixa e Alen- tejo , que junta as zonas do Alentejo onde se identificaram dinâmicas produtivas agrícolas mais negativas com a Beira Baixa; e o do Alentejo e Lezíria composto pelos ter- ritórios do Ribatejo e Alentejo que tiveram uma evolução mais positiva. Fig. 1 – Análise da Variação 1999-2009 do Potencial Produtivo Agrícola do Continente – Macro Territórios Legenda

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