Cultivar_4_Tecnologia

Agroecologia: outra forma de produzir 119 • Considerar as Realidades dos Departamentos Ultramarinos: Projetos RITA 14 bem-sucedidos (ex: BioFerm e Innoveg) obtiveram reconhecimento de coerência e sinergias com a agroecologia. ODEA- DOM 15 definiu a prioridade de integração da agroecologia nas estratégias de fileira (cana de açúcar, banana, diversificação animal, diversifica- ção vegetal). Articulação com as iniciativas nacio- nais de acompanhamento dos agricultores (GIEE, diagnóstico) e de financiamento (PDRs regionais). • Promover a Agroecologia Internacional: FAO – iniciativa francesa 2014 em seminário interna- cional “a agroecologia para a segurança alimen- tar e a nutrição”, conduziu em 2015 a: 3 progra- mas de trabalhos (3 anos) para ateliês regionais (Brasil, Senegal e Tailândia); outras iniciativas de divulgação (China e Mali); constituição dum ‘grupo de países amigos da agroecologia’ (França, Bra- sil, China, Japão, Suíça e Senegal) 16 . UNFCCC/COP 21 – iniciativa francesa 2014 “4/1000: solos para a segurança alimentar e o clima” conseguiu reunir 100 signatários à data de lançamento (estados, organizações internacionais, organizações não governamentais, organizações agrícolas, etc.) e inicia trabalhos durante 2016 (objetivo: criar con- dições para realizar um aumento anual de 0,4 % do carbono armazenado pelos solos mundiais, com vista a compensar as correspondentes emis- sões antropogénicas de CO2) – o Estado Portu- guês é signatário 17 . • Monitorizar e Avaliar o Projeto Agroecoló- gico: Comité Nacional Parceria de Avaliação, recém-criado, é de nível de perito e presidido por uma personalidade de competência reconhecida, secretariado pelo Centro de Estudos e Prospetiva do Ministério da Agricultura. Avaliará o desenro- lar dos trabalhos, produzirá recomendações para 14 http://www.rita-dom.fr/ 15 http://www.odeadom.fr/ 16 http://www.fao.org/about/meetings/afns/about-the- -symposium/fr/ 17 http://4p1000.org/ o Comité de Execução e aprofundará a adequabi- lidade dos indicadores em uso. Comentários: No atual quadro nacional de políticas de ambiente (crescimento verde, ar e clima, água, biodiversi- dade), em que o setor agrícola está transversal- mente identificado como setor de atuação prioritá- ria e a PAC é um dos instrumentos de política que contribuirá para as estratégias de resposta delinea- das até 2020/2030, o projeto francês sobre agroeco- logia é especialmente inspirador. Colocam-se ainda grandes desafios a este projeto, que assume de forma clara a mudança de para- digma da política agrícola. Um estudo em curso na OCDE, “Sinergias e tradeoffs entre produtividade agrícola, adaptação e mitigação das alterações cli- máticas”, identifica o caso francês como muito pro- missor pela coerência, mas reconhece que é pre- ciso reunir mais informação para avaliar a eficácia da aproximação e poder replicar recomendações. A oportunidade para inovar promovendo a integra- ção de políticas é incontornável.

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