Cultivar_10_Trabalho na agricultura e as novas tendências laborais

O trabalho na agricultura portuguesa 105 ção de uma forma irregular, isto é, sem carácter de continuidade, fazendo-o somente numa parte do ano. Por outro lado, a mão-de-obra não contratada diretamente pelo produtor, constituída pelo traba- lho agrícola efetuado na exploração, por pessoas não contratadas diretamente pelo produtor, traba- lhando por conta própria ou como empregados de terceiros, como é o caso do trabalho fornecido por empresas de trabalho à tarefa ou por cooperativas. A mão-de-obra eventual, tal como a restante mão- -de-obra, tem vindo a diminuir em valor absoluto. Em 2013, representava 7,8% do volume de trabalho do continente, proporção que se mantém relativa- mente estável ao longo do tempo. Regionalmente, tem importâncias muito diversificadas, mostrando um peso maior em Lisboa e Vale do Tejo, com 15,3% do volume de trabalho, provavelmente devido ao tipo de mão-de-obra utilizado nas colheitas da fru- ticultura, e o menor peso na Beira Litoral. A mão-de-obra não contratada diretamente pelo produtor, apesar da sua reduzida importância (1,6% do volume total de mão-de-obra em 2013), e ao contrário dos restantes tipos de mão-de-obra, tem apresentado um aumento significativo (cresci- mento de 18% ao ano entre 2007 e 2013 no Conti- nente, valor que sobe para 44% na região agrária do Alentejo). Este aumento está ligado a novas for- mas de gestão das explorações onde a realização de operações é, cada vez mais, efetuada através da contratação de serviços.

RkJQdWJsaXNoZXIy NDU0OTkw