Livro do Centenário do Ministério da Agricultura

A MEMÓRIA E OS TEMPOS // 89 // CAPÍTULO XV A BASE TÉCNICA ALCANÇADA (JULHO 1979) 124. Repare-se que só para encetar as Negociações, a Comissão Europeia levou quase três anos. Por sua vez, a DG VI (Agricultura) era muito rigorosa quanto às nossas respostas (questionários e reuniões em Bruxelas). Frequentes vezes havia contactos técnicos, e pelo telefone, com a nossa REPER e a DG VI. 1. NA PISTA DE UMA BASE TÉCNICA PARA O DIÁLOGO COM A DG VI (1977-1978) Era com a DG VI (Agricultura) e os seus diversos serviços, quer jurídicos quer técnicos, que nós iríamos dialogar; só assim, a negociação do dossiê Agricultura poderia avançar. Sem esta base técnica, nada feito. E, portanto, se não tivéssemos feito o “trabalho de casa” que refiro no ca- pítulo anterior, os propósitos políticos para aderir à Comunidade Europeia, poderiam dar ex- celentes discursos, só que não avançaríamos, em termos reais, um só passo sequer 124 . Estas negociações seguiram, como vimos, duas vias diferentes, mas paralelas: as reuniões sobre o Direito Derivado (DD) e as reuniões sobre os Questionários técnico-económicos. As reuniões sobre o DD respeitavam às OCM (Organizações Comuns de Mercado), que eram à época as seguintes: Grupo I: - Cereais - Azeite e Sementes oleaginosas - Carne de bovino - Carne de ovino - Carne de porco - Aves, ovos e albuminas - Leite e lacticínios - Vinho e álcool - Frutos e hortícolas (frescos e transformados) - Tabaco - Açúcar e isoglicose - Lúpulos e sementes - Vários (era um agregado de pequenas posições, naquele tempo, mas cuja importância foi crescendo – Mirtilos, frutos vermelhos, framboesas, groselhas, mel, etc.).

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